Também conhecido como tumor de cólon e reto ou de intestino, o câncer colorretal é o segundo mais incidente em homens e mulheres, à exceção dos tumores de pele não melanoma, depois do câncer de mama e de próstata. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são estimados mais de 40 mil novos casos até o fim de 2023. Na última terça-feira (10), a cantora Preta Gil divulgou que foi diagnosticada com a doença.
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Apesar de ser previsível em quase 90% dos casos, o estigma em torno do exame de colonoscopia tende a atrasar o rastreio de alterações pré-cancerosas.
“Baseado nas recomendações da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, todo indivíduo com idade igual ou superior a 50 anos deve iniciar o rastreamento do câncer de intestino, que pode ser realizado tanto pela pesquisa de sangue oculto nas fezes, como também pela colonoscopia, preferencialmente.
A colonoscopia permite a identificação em indivíduos saudáveis e sem sintomas de lesões pré-malignas – pólipos – que são removidas, impedindo a evolução para lesões malignas.
Interpretação errada dos sintomas
Alexandre Jácome alerta que os principais entraves de um diagnóstico precoce são a falta de acesso aos métodos de detecção para pacientes do sistema público de saúde (SUS) e a interpretação errônea dos sintomas.
“Como os sintomas intestinais associados aos cânceres de cólon e reto também são encontrados em condições benignas, muitos pacientes negligenciam indícios como diarreia, constipação, dor abdominal e até mesmo perda de sangue nas fezes, que frequentemente ocorre na presença de doença hemorroidária. Essa interpretação equivocada dos sintomas pelos pacientes, ou até mesmo pela classe médica, é particularmente frequente em pessoas jovens, pela concepção de raridade da doença nessas faixas etárias. No entanto, a mudança do perfil epidemiológico da doença, observado nos últimos anos, com maior incidência em pessoas mais jovens, demanda maior conscientização tanto da população geral como da classe médica, além da correta identificação dos sintomas”, alerta o oncologista do Grupo Oncoclínicas.
Os sintomas mais comuns são alterações do hábito intestinal, como mudança da frequência das evacuações, sensação de evacuação incompleta, dor abdominal, e perda de sangue nas fezes. “Em situações de doença mais avançada, podemos observar perda de peso não intencional”, afirma Alexandre Jácome.Anúncio Publicitário
fonte: https://vidaemfoco.gq/